Um homem matou quatro pessoas e deixou quatro feridas durante uma missa na Catedral Metropolitana, no Centro de Campinas (SP), na tarde desta terça-feira (11), segundo o Samu, Bombeiros e Polícia Militar. O suspeito pelos disparos na igreja cometeu suicídio em seguida.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o suspeito teria entrado na Catedral com uma pistola e um revólver calibre 38, e se matado em frente ao altar após os crimes. Ele foi identificado pela Polícia Civil como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, com (CNH) registrada em Valinhos (SP).
A PM chegou a falar que o atirador havia matado cinco pessoas, mas depois corrigiu a informação. Entre os mortos estão: Sidnei Vitor Monteiro, de 39 anos, José Eudes Gonzaga Ferreira, de 68, Cristofer Gonçalves dos Santos, de 38, e Elpídio Alves Coutinho, de 67.
O que já se sabe sobre o ocorrido:
- Uma missa havia começado às 12h15;
- Um homem entrou armado na Catedral, por volta das 13h;
- Ele sentou em um dos bancos da igreja e, ao final da celebração, disparou cerca de 20 tiros;
- Ele matou quatro homens: Sidnei Vitor Monteiro, José Eudes Gonzaga, Cristofer Gonçalves dos Santos e Elpídio Alves Coutinho; e cometeu suicídio na sequência;
- Quatro pessoas foram atingidas pelos disparos e ficaram feridas;
- A motivação do crime é investigada pela polícia;
- Os feridos foram levados ao Mário Gatti, Beneficência Portuguesa e HC da Unicamp;
- Para a polícia, o atirador “executou um plano que tinha na cabeça”;
- O atirador foi identificado como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos – ele chegou a trabalhar no Ministério Público como auxiliar de promotoria, mas saiu do órgão em 2014
- Segundo a Polícia Civil, o atirador fez tratamento de depressão, era recluso, morava com os pais, tinha um “perfil estranho” e não apresentava antecedentes criminais.
20 disparos
O delegado do 1º Distrito Policial, Hamilton Caviola Filho, viu imagens do circuito de segurança dentro da igreja no momento da ação. Ele estima pelo menos 20 disparos.
Ele sentou a uns dez metros para a frente da porta. Ele não entrou atirando, primeiro ele senta em um banco”, afirma. De acordo com o delegado, logo após a entrada do atirador, três pessoas sentaram no banco atrás dele e foram as primeiras a serem atingidas. Entre elas, uma morreu.
“Ele usou uma arma, mas estava com duas. Motivação a gente só vai saber quando identificar, para saber o histórico dele. Eu estou me reportando às imagens. Ele [atirador] parou, pensou e executou o plano que tinha na cabeça […] Ele se matou, mas o policial deve ter alvejado ele porque estava com um tiro na costela, depois desse tiro ele caiu e se matou”, diz o delegado.
O delegado José Henrique Ventura, do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-2) afirmou que o atirador usou dois dos quatro carregadores nos assassinatos e todos os mortos são homens. Além disso, a polícia confirmou que as armas estavam com os números de identificação raspados.
“A maioria idosos, pessoas inocentes, e ele [suspeito] acabou disparando contra todas essas pessoas. A cena é desesperadora, uma tragédia muito grande”, diz o guarda Alexande Moraes.
Os mortos não foram identificados e a polícia investiga a motivação do crime. A princípio, a informação recebida pela EPTV é de que houve um assalto antes, mas autoridades negaram.
“As vítimas não foram identificadas ainda. Socorremos quem poderia ser socorrido e investimos em quem nós achamos que poderia retornar do quadro grave […] Não temos informação sobre motivação e sobre quem são as vítimas”, explica o bombeiro Alexandre Monteiro.
Fonte G1